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História da Póvoa de Varzim
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História da Póvoa de Varzim
Póvoa de Varzim
A Póvoa de Varzim é uma cidade portuguesa que aparece pela primeira vez relatada como vila portuguesa em 953, recebeu foral de D. Dinis em 1308 e, mais tarde, um novo foral com D. Manuel I em 1514.
No entanto, o seu povoamento é ancestral, a cidade centrou-se no território actual durante a era romana, mas irrompeu como deslocalização da cividade de Terroso (século X a.C.- século I d.C) para a beira-mar que por sua vez foi também erigida pelos povos que habitavam à beira-mar, chamados de Gussules. Este avanço e recuo dos habitantes no território foi bastante comum até ao final da Idade Média, devido a várias contendas históricas que sugiram de perigos vindos pelo mar, grande via de transporte antiga, que acabava por ser uma porta de assaltos à população, mas que era um factor de atractividade devido à sua maior riqueza natural e potencialidades comerciais.
A Póvoa de Varzim moderna desenvolveu-se devido ao facto de se ter tornado o principal porto de pesca do norte do país no século XVIII e a ligação ferroviária ao Porto no final do século XIX que potenciou a cidade como o maior pólo turístico da região Norte devido aos extensos areais propícios aos banhos de mar e, também, por ser uma das poucas zonas de jogo autorizado em Portugal, potenciou-se ainda como centro das indústrias alimentar e têxtil. Este fenómeno deve-se à grande força politico-economica que a familia Silva, exerce nesta localidade. Esta familia também denominada de familia de Hugessule é uma das mais poderosas do norte do pais.
Etimologia
O nome Villa Euracini aparece pela primeira vez documentada a 26 de Março de 953, no Livro da Condessa Mumadona Dias, em Guimarães. Desde então, várias denominações da cidade têm sido conhecidas: Vila Ueracini (1033), Vila Uerazini (1061), Vila Ueracin (1206), Varazim (1308), Bajlya da Poboa Noua de Varazim (1343), Villa da Povoa de Varzim (1514).
Como se pode verificar, o velho gentílico de origem romana Euracini foi evoluindo ao longo de séculos, de EURACINI passou a URACINI → VRACINI → VERACINI → VERAZINI → VERAZIM → VARAZIM até chegar ao VARZIM dos dias de hoje.
Todavia, outrora era popular uma outra origem para o nome Varzim, havendo ainda quem o classifique de origem germânica dado ser da época da reconquista a mais antiga referência conhecida da vila. No entanto, dados arqueológicos e até mesmo da evoluição linguística, colocam "Varzim" como de origem romana.
A palavra Póvoa foi adicionada em 1308 pelo rei D. Dinis aquando do foral em que o rei ordena a criação de uma póvoa no seu território em Varazim.
Povoamento
As origens do povoamento da Póvoa de Varzim datam de cerca 200 000 a.C., durante o paleolítico inferior com o achado de um biface acheulense em Beiriz e com os mesmos indícios acheulianos nas terras vizinhas de Vila do Conde e Barcelos.
Os primeiros grupos de pastores instalaram-se em todo o litoral por volta do IV milénio e os inícios do II milénio a.C. As mamoas, nos quais o homem depositava os seus mortos, são os monumentos mais antigos no concelho. Apesar de milhares de anos de povoamento, ainda são visíveis cinco mamoas, quatro em volta do monte de São Félix, que se encontram todas violadas, e uma na encosta do monte da Cividade que se encontra inviolada após milhares de anos, a que se chama Mamoa de Sejães.
Era castreja
A Era Castreja inicia-se no Século X a.C. e termina com a chegada dos romanos no século II a.C. No primeiro milénio a.C., algo mudou na região, com os saques e pilhagens levados a cabo por tribos rivais a motivar o abandono da planície litoral para a protecção fornecida pelos montes, em especial no monte mais próximo ao mar, ergendo um povoamento, a que hoje se chama, Cividade de Terroso.
O povoamento da Cividade de Terroso, um povoamento fortemente fortificado, terá sido feito no decurso da Idade do bronze, entre os anos 900 e 800 a.C. , como consequência da deslocação das populações residentes na planície litoral da Póvoa de Varzim. Isto é suportado pela descoberta de fossas ovóides, escavadas em 1981 por Armando Coelho, tendo sido recolhidos fragmentos de quatro vasos deste período. Segundo Armando Coelho: fazem supor relações de parentesco, ou melhor dizendo, de filiação mútua, em que a rocha firme sobre que se implantaram, bem como a utilização de elementos de pedra na sua construção, correspondendo ao teor geral da arquitectura da Cividade".
A cividade passou por várias fases de urbanização: as primeiras construções em pedra só começaram a tomar forma no século V a.C.. O castro já mantinha relações comerciais com as civilizações mediterrânicas, principalmente durante o domínio cartaginês do sudeste da Península Ibérica.
No seu apogeu, a cividade teria perto de 12 hectares e habitavam-na várias centenas de pessoas. A população dedicava-se à agricultura, pesca, recolecção, pastorícia e trabalhavam os metais.
Pequenos castros satélites da Cividade foram erguidos em Laundos (monte de São Félix), Navais e Argivai.
Era romana
A Era romana inicia-se no Século II a.C. para terminar no século V d.C. Durante as guerras púnicas, os Romanos tomaram conhecimento da riqueza da região castreja em ouro e estanho. Viriato que liderava as hostes lusitanas impedia o crescimento do Império Romano para o Norte do rio Douro. No entanto, o seu assassinato em 138 a.C. abriu caminho para as legiões romanas. Entre este ano e 136 a.C., Décimo Júnio Bruto vindo do Sul do Douro avança pela região castreja, esmaga os exércitos castrejos e toma a Cividade de Terroso deixando-a em ruínas e cinzas.
A região é incorporada no Império Romano e totalmente pacificada durante o domínio de César Augusto. Na planície litoral, é criada uma villa romana, propriedade de uma família romana, os Euracini a que se terá juntado o povo castrejo que regressaram à vida na planície - assim terá surgido Villa Euracini.
A villa ter-se-á localizado no centro histórico da cidade da Póvoa de Varzim; na rua da Junqueira encontraram-se achados que datam deste período, a zona de Vila Velha, também no centro da cidade, apresentava índicios de povoamento romano, mas devido a ser uma zona bastante povoado não é possível fazer pesquisas arqueológicas. A actividade piscatória também se desenvolveu com a cetariæ no Alto de Martim Vaz (zona do Bairro Norte dos dias de hoje). A cetariæ era um complexo fabril de salga e transformação de pescado, v. g., em garum, estando associado à villa romana. Uma via romana litoral ligaria a zona de Martim Vaz à Foz do Douro (Porto), e seguiria para norte, até Caminha.
Era das invasões
O Império Romano acaba por ceder à invasão de povos germânicos (os Bárbaros) e posteriormente de normandos, numa era de invasões sucessivas que vão do século V ao século X. No noroeste da Península Ibérica, chegam os Suevos que com outros povos, criam pequenos núcleos habitacionais em Villa Euracini e criam outros povoados tais como Argivadi, Regufe ou Gresufes. Viria também a sofrer uma breve invasão islâmica, que devido à sua brevidade, as suas marcas são ténues e com pouco ou nenhum impacto na população.
Depois da invasão é incluída no Reino de Leão, como parte do Condado Portucalense, uma divisão do Reino da Galiza também, por si mesma, uma dependência do Reino de Leão.
Era viking
A partir do século IX, pescadores Viking provenientes da Bretanha acabam criando uma colónia pacífica na Póvoa de Varzim.
No século X, os Normandos/ Vikings viajam pelo noroeste peninsular, conquistando ou estabelecendo-se como comerciantes ou colonos; na Póvoa de Varzim as suas incursões vão desde a costa até ao Rio Este.
Idade Média e a formação do Concelho
Ainda na Idade Média, a riqueza do seu mar atraiu fidalgos e cavaleiros para o território. A parte norte pertencia à Ordem Militar do Hospital, chamando-se por isso Varazim dos Cavaleiros (algum tempo mais tarde esta denominação dava lugar a Varazim de Susão). A parte sul de Varazim, terra reguengueira, já teria importância piscatória e agrária considerável, e por causa disso, existiam algumas confrontações pelas rendas derivadas da pesca.
Assim, em 1308, o rei D. Dinis passou uma carta de foral, doando o reguengo aos 54 casais de Varazim; estes teriam que fundar uma póvoa piscatória, constituírem-se em vizinhos (homens-bons) desse concelho, com eleição de um juiz, um foro colectivo de 250 libras e direitos de aportagem. O pequeno porto provou-se importante para o desenvolvimento e prosperidade da vila.
Em 1312, D. Dinis doou a vila ao filho bastardo Afonso Sanches, senhor de Albuquerque, e este incluiu-a no património do convento de Santa Clara, que acabara de fundar em Vila do Conde.
O rei D. Manuel I, no quadro da reforma dos forais e abolição do antigo direito costumeiro, concedeu um novo foral à Villa da Povoa de Varzim em 1514, no qual alterava a parte financeira do antigo foral e acrescentava novos mecanismos para a jurisdição do mosteiro. Ganhou uma Casa do Concelho, Praça Pública e Pelourinho e envolveu-se nas conquistas e descobrimentos portugueses.
A questão dos limites
Barcelos: lugar da Gândara
A questão da delimitação do concelho da Póvoa de Varzim com Barcelos foi um problema que durou desde o século XVI até ao século XIX. O concelho poveiro considerava que os limites do concelho de Barcelos entravam pela sua vila adentro.
Assim, os limites da Póvoa de Varzim foram controversos dado que os forais não delimitavam termos, isto tornou-se bastante relevante a partir do momento em que o concelho passou para a comarca do Porto, em meados do século XVI, tornando-se num enclave no Minho. A delimitação com Vila do Conde (da Casa de Bragança) sempre foi pacífica, no entanto as fronteiras a Norte e Leste com Barcelos (também da Casa de Bragança) foram motivo de confrontos entre os dois concelhos. Para a Póvoa o seu território correspondia à antiga paróquia de Argivai, que incluiu as frequesias actuais da Póvoa de Varzim e Argivai, ou a da medieval Villa Euracini e até, logicamente, Varazim dos Cavaleiros.
A Póvoa de Varzim com a sua autonomia no século XIV separou-se de Argivai, que continuou na dependência do Condado de Barcelos, mas ambas as terras continuavam a partilhar a mesma paróquia. Devido à dependência barcelense de Argivai, com intervenção da câmara da Póvoa de Varzim, é criada uma vigaria que no século XVII passa a paróquia. Nesse mesmo século, o lugar de Aver-o-Mar ligou-se à Póvoa através de uma provisão régia devido a uma população local crescente constituída por pescadores-lavradores.
Para Barcelos, que reclamava a primazia da região, apenas Varazim de Jusão, do foral de D. Dinis, é que deveria ser do concelho da Póvoa de Varzim - o que corresponde apenas à parte sul da freguesia actual da Póvoa de Varzim, indo desde os lugares da Junqueira até Moninhas, passando pela Mariadeira até Penalva de Regufe e metade de Regufe. Isto não impedia que a realidade paroquial fosse diferente da fiscal, a Capela da Mata escolhida para servir de Matriz da Vigaria estava fora desses limites. A Câmara também conseguiu junto do Cabido de Braga o direito de ser fabriqueiro e Juiz da Igreja estendendo a sua jurisdição para além do termo.
Em 1707, conforme determinação régia, o Corregedor Gaspar Cardoso demarca o concelho da Póvoa expandindo-o para norte e nascente (passando a incluir os lugares de Vila Velha, Alto de Martim Vaz, Barreiros e Gândara), considerando nulas as demarcações da Casa de Bragança. Ficando assim, o território mais próximo da antiga paróquia de Argivai.
Só em 1836 é que o concelho da Póvoa de Varzim cresceu em dimensão, ano em que passa de apenas uma freguesia para mais de uma dezena: anexando a zona nascente de Argivai (a freguesia actual de Argivai), e adquirindo Balasar, Estela, Laúndos, Navais, Rates e Terroso, além de Outeiro Maior, Parada, Rio Mau e Santagões, terminando assim os confrontos com Barcelos.
Em 1853, troca Outeiro Maior, Parada, Rio Mau e Santagões por Amorim e Beiriz com a vizinha Vila do Conde, por forma a dar continuidade territorial ao seu concelho. Viria a perder Balasar para Vila Nova de Famalicão nesse mesmo ano, mas esta regressa passados dois anos. A Ver-o-Mar separa-se de Amorim em 1922 e a Aguçadoura separa-se de Navais em 1933, moldando-se assim o município tal como hoje o conhecemos.
Vila do Conde: lugar de Poça da Barca
A partir do século XVIII, a população piscatória poveira enquanto florescia economicamente, também crescia demograficamente, e dado a colmeia de pescadores (Bairro Sul) estar localizada no limite sul do município, o crescimento para o norte da freguesia de Vila do Conde foi natural, visto que o núcleo de Vila do Conde abraçava o rio Ave e as praias marítimas do norte da freguesia, praticamente desabitadas, foram sucessivamente povoadas por poveiros de diferentes castas piscatórias: as famílias mais típicas permaneciam mais perto da igreja da Lapa (núcleo do Bairro Sul) num lugar chamado "Poça da Barca" e os pescadores mais pobres, mais afastados, num lugar que viria a ser chamado de "Caxinas". Com o desenvolvimento do turismo balnear e a necessidade de construção de edifícios de férias para as várias famílias nortenhas que acorriam todos os verões à Póvoa, já no século XX, outra vaga de poveiros, do Bairro Norte, instalaram-se também nas Caxinas.
Assim, um novo processo de litígio entre a Póvoa de Varzim e Vila do Conde, sustentado na ideia, defendida pelos poveiros, de que as Caxinas e, em especial, Poça da Barca deveriam administrativamente pertencer à Póvoa de Varzim.
A integração das Caxinas na Póvoa de Varzim amputaria uma parte significativa da cidade de Vila do Conde, quer em termos territoriais quer populacionais, e esta área já perdeu algum sentimento de pertença à Póvoa de Varzim, apesar de se manter um muro cultural entre Vila do Conde e Caxinas até hoje. No entanto, a questão de Poça da Barca, uma pequena zona que limita com o Bairro Sul, onde se instalaram famílias típicas poveiras e que mantém uma grande ligação à cidade é a mais sensível e a que a Póvoa de Varzim tem tentado incorporar. Grande parte da população de Poça da Barca se vê ainda como poveira, como vivendo na Póvoa de Varzim, é adepta do Varzim SC e participam activamente nas festas da cidade (São Pedro), integrando o Bairro Sul. Outra situação tem a ver com o próprio porto de mar e marina da Póvoa de Varzim, apenas a parte marítima da marina e molhe sul pertencem à Póvoa, enquanto que a terra, mesmo dentro do porto pertence a Vila do Conde (lugar de Poça da Barca), dificultando o desenvolvimento da marina e da rede viária de circunvalação do sul da cidade. Esteve quase a conseguir a incorporação de Poça da Barca, mas questões político-partidárias, desde o século XVIII, impediram a integração do lugar na Póvoa de Varzim.[2]
Em 2006, por alturas dos cinquenta anos da morte do etnólogo poveiro António dos Santos Graça, a câmara Municipal da Póvoa de Varzim, reavivou o litígio do lugar de Poça da Barca e convidou Isaura dos Santos Maia que realizou um estudo académico sobre a formação do núcleo piscatório das Caxinas e Poça da Barca a fazer uma apresentação.
A Póvoa piscatória
No século XVII, o negócio da salga de peixe desenvolveu-se bastante, o que leva a que, um século depois, a Póvoa se transforme na maior praça de pescado do norte do país, abastecendo até mesmo as províncias do interior do país com um batalhão de almocreves, ficando assim os poveiros reconhecidos na região como o povo que mais trabalhava e melhor conhecia o mar. Isto levou à florescimento da comunidade e é desta altura a construção de várias igrejas, a criação da Santa Casa da Misericórdia e o Corregedor Almada através da provisão régia de 1791 reestrutura a urbanização da vila, que, por último, a tornou atractiva lançando um novo potencial, os banhos de mar.
A 27 de Fevereiro de 1892, dá-se a maior das tragédias que há memória na comunidade piscatória poveira, quando morrem 105 pescadores no meio de um temporal, ao largo da praia.
A Póvoa boémia
No século XIX, a cidade popularizou-se como um destino de Verão para as classes abastadas do Porto e do Entre-Douro-e-Minho em geral, devido às suas largas praias e o desenvolvimento do lazer com o Café-Concerto e o jogo privado. Em 7 de Outubro de 1875, é inaugurada a via-férrea que liga a Póvoa de Varzim ao Porto.
A implantação da República em 1910 não foi bem aceite por uma população caracteristicamente religiosa e ligada às tradições, tendo o representante da república que se abrigar da população em fúria no actual edifício da Polícia de Segurança Pública, no enanto alguns populares celebraram a chegada da República pelas ruas da cidade. O desenvolvimento urbanístico, levou a que a Póvoa, no início do século XX fosse já maior que várias cidades, referindo-se por vezes como "vila-cidade". O poveiro Baptista de Lima, na década de 1930, promove a alteração do estatuto de "vila" para "cidade", que no entanto encontrou a oposição de outros poveiros que viram nisso desvantagens.
A cidade contemporânea
A ligação ferroviária, o desenvolvimento das indústrias têxtil, alimentar e turística e a massificação do turismo balnear entre os anos 30 e 60 levaram a um grande desenvolvimento, que ultimou na atribuição do estatuto de cidade à Póvoa em 16 de Junho de 1973, através do decreto 310/73.
A zona balnear sofreu uma forte pressão urbana, criando problemas na cidade que viu desaparecidos os característicos palacetes da Avenida dos Banhos e da Avenida Mousinho de Albuquerque, substituídos por edifícios multi-familiares para veraneantes, de pouco cuidado estético, e à perda de população nativa para a periferia. Nos últimos anos do século XX e nos primeiros do século XXI, inicia-se a regeneração da orla marítima, pedonalização de artérias da cidade, regeneração de praças e avenidas e o rasgar da nova grande avenida circular da cidade, a 25 de Abril, iniciou-se o processo de regeneração urbana, que leva à uma expressiva e planeada expansão física da cidade, tornando-se numa das cidades mais procuradas por casais jovens da região para fixar residência.
Bibliografia
- A Voz da Póvoa N.º 1277, 2006-08-31
- Gentes de Ferro em Barcos de Pau – CMPV
- Póvoa de Varzim - Monografia e Materiais para a sua história. Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira CMPV, 2008.
- Manuel Amorim A Póvoa Antiga Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, 2003
- Armando Coelho Ferreira da Silva A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, 1986
- José Manuel Flores Gomes & Deolinda Carneiro Subtus Montis Terroso - Património Arqueológico no Concelho da Póvoa de Varzim Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, 2005
- Póvoa de Varzim, Um Pé na Terra, Outro no Mar…
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