Wikipedia

Resultados da pesquisa

domingo, janeiro 31, 2010

Jornal de Angola - Centro industrial e turístico é riqueza estagnada

Centro industrial e turístico é riqueza estagnada

Casimiro José| Sumbe - 31 de Janeiro, 2010

Nome do remetente: E-mail do destinatário: Comentário:

A Pedra de Água é indicada para a cura de muitas enfermidades e tem características digestivas

Fotografia: Casimiro José

Fotos

O centro turístico e industrial da Pedra de Água, situado na comuna da Botera, município do Seles, precisa de investimentos dado ao seu potencial industrial e turístico. A sua reabilitação constitui um dos pilares para o relançamento da indústria de joalharia na província do Kwanza-Sul e o enchimento da água medicinal gaseificada natural, com características únicas em Angola e no mundo.
Localizado a 500 metros da margem do rio Cubal, o local denomina-se “Unchila Wonjamba”, que em português significa “Cauda do Elefante”. O centro industrial e turístico da Pedra de Água tem uma nascente de água gaseificada natural na área da Bamba e à medida em que corre vai ficando em pedra, aglutinando folhas e galhos de árvores. E assim, a partir da nascente de água termal se vai formando uma formosa pedra que só a natureza sabe qual vai ser o tamanho e o fim do processo.
A Pedra de Água é indicada para a cura de muitas enfermidades e tem características digestivas. O português João António Veiga construiu em 1956 uma estrutura para o enchimento da água medicinal a partir da nascente. A marca Pedra de Água era de alto consumo em Angola e já tinha clientes no estrangeiro. Hoje a fábrica e outras estruturas erguidas na época estão em escombros.
O actual regedor da Catanda, soba Filipe Correia, foi trabalhador na fábrica da Pedra de Água durante muitos anos até a sua paralisação em 1980, devido à guerra.
Oficina de joalharia
De acordo com o soba Filipe Correia, o centro industrial e turístico da Pedra de Água contribuiu para o desenvolvimento social e económico do município do Seles. Além do enchimento da “Pedra da Água” havia no local uma indústria de joalharia. A oficina foi construída em 1971 e o seu funcionamento incentivou a exploração de pedras preciosas e semi-preciosas na região o que na época gerou 350 empregos.
“No tempo que funcionava o centro da Pedra de Água, todos nós tivemos apoio em bens alimentares, sabão, roupa, calçado e nada nos faltava. Hoje as pessoas têm de se deslocar à sede do município para conseguirem esses produtos, percorrendo 40 quilómetros a pé”, desabafou o ancião.
O soba, de 63 anos, recorda os bons momentos vividos, naquela época, destacando o fornecimento da corrente eléctrica através da mini-hídrica que o centro dispunha e que permitia a realização de vários serviços em benefício dos habitantes da região.
“Nós vivíamos bem aqui, até as nossas mulheres não se esforçavam a preparar a fuba porque com a luz da mini-hídrica tínhamos as moagens”, disse.
Falta de investidores
A reabilitação do centro, de acordo com o administrador municipal do Seles, Rui Feliciano Miguel, é uma das prioridades do município, mas a não concretização das intenções dos empresários que se propuseram investir está a adiar o desejo das autoridades e das populações.
Para pôr em marcha o plano de reabilitação e exploração dos recursos do centro, a Administração Municipal do Seles pretende efectuar um concurso público para se apurarem potenciais investidores.
O administrador do Seles, Rui Feliciano Miguel, revelou ao Jornal de Angola que para estimular os potenciais investidores, o seu executivo está empenhado na reparação da via que dá acesso ao local o que considerou “uma tarefa que deve contar com a colaboração da classe empresarial da província do Kwanza-sul, do município e do país em geral”, dizendo que o centro da Pedra de Água é uma referência internacional.
O município do Seles tem nove centros turísticos, “Nduva”, “Pedra de Água”, “Mundo Wkua”, “Local dos Hipopótamos”, “Camira”, “Piscina Municipal”, “Quedas do rio Luai”, “Caxita” e "Morro do Nduinguiri".

Jornal de Angola - Centro industrial e turístico é riqueza estagnada

sexta-feira, janeiro 29, 2010

A Macao Chrisoula…

    por MANDACHUVINHA

 “EM exclusivo ao Folha 8, Kamalata Numa diz:

Repare só para as bancadas do Estádio 11 de Novembro se não vai ver apenas os pobrezinhos anestesiados, quase enlouquecidos a dançarem. Enquanto os filhos da elite, dos papazinhos, não vão ao campo, porque não se querem misturar. Estão frente aos seus televisores bem instalados ou, se forem estão lá bem colocados. Porquê? Porque eles não são povo, eles são a super-estrutura deste país, estão acima de tudo e de todos.

Secretário-geral da UNITA,

Kamalata Numa.

Ontem comandante de tropas, General do Exército, hoje Secretário-geral da UNITA “

transcrito da fonte: FOLHA 8"

_____________________________________

                          

        Quem leu a entrevista sabe que aparentemente os principios do Muagai aqueles que levaram à resistência da UNITA, contra o despotismo do monopartidarismo após a independência, são principios favoráveis aos angolanos de cor negra,puros e que não tinham outro destino senão permanecerem no solo angolano…Mas isso não significava que a unita não tivesse mestiços ou brancos no seu seio, desde as primeiras horas, e também muitos dos do projecto do Muangai, tiveram que por forças das várias circunstãncias que se refugiarem na Zambia, Namibia, nos dois Congos, no Brasil,nos EUA, Africa do Sul em Portugal e em muitas outras paragens…

      Claro que Nito Alves e o Poder Popular, estavam errados…mas isso não justifica o 27 de Maio de 1977…

       Angola não é uma questão de mais ou menos melanina, ou ausência total dessa substãncia que escurece mais lou menos a pele, nem de outras caracteristicas sanguineas, tribais ou raciais…

     Ser angolano não é uma questão de ter ou não ter …é uma questão de sentir…Ser angolano não se define..sente-se….e sabe-se que se é…

     Ninguém tem o direito de dizer ao outro. eu sou mais angolano do que tu…Mas já poderá dizer ou sou melhor cidadão do que tu, melhor profissional do que tu, mais militante do que tu, etc.etc…

     A super estrutura dominante em Angola é mais ou menos o que Numa caracteriza como elite…Mas daí a considerar uma nação..vai uma grande distância…

      A mestiçagem é uma realidade e cada vez mais se evidencia tal como no Brasil – o luso tropicalismo…

      E como diz Numa isso não é um mal--- é um bem…

     A mestiçagem é o futuro do mundo…Os “puristas” do Black Power e do Ku klux klan e similares, podem tirar o cavalinho da chuva… a mistura será cada vez maior… e para bem da Humanidade

      Claro que a Diáspora Angolana, é uma “nação” – no sentido estrito da intenciuonalidade do Numa – também ela crioula…crioula no sentido sanguineo, e no sentido cultural…Claro que pos ultimos quarenta/cinquenta anos fizeram que muitos nascidos ou fixados em Angola dela saissem para as mais diversas partes do mundo, criando nessas novas terras adoptivas raizes ,laços e até novas cidadanias…

   Por isso digo que não concordo como projecto da Unita- por vistos vencedor – na nova constituição angolana – a respeito da nacionalidade angolana…em especial na caracterizaçao do angolano originário e suas descendências… 

       Existe uma Angola enorme, espalhada pelo Mundo…e essa Angola esbate-se nas outras culturas e modos de estar, modifica-se e transfigura-se…

      Se não tiverem cuidado um dia “os donos da nação” não se reconhecerão naqueles que partiram um dia…

     É urgente que se criem figuras juridicas internas de admissibilidade de plurinacionalidades…ou duplas ou triplas ou multiplas nacionalidades para os naturais de angola e seus descendentes da diáspora…

     Ontem, Hoje e Amanhã, continuarão a procurar o seu pão fora do território de Cabinda ao Cunene muitos angolanos…os mais afortunados, reguessarão um dia, em férias, ou emvisita dos familiares ou até em investimentos..mas a grande maioria apenas conseguiu, ou não, sobreviver nos apaises de adopção…e não mais regressará etanto mais dificil é o regresso , quanto para mais longe foram…

    E sejamos realistas: por muito próspera que seja angola nunca poderá absorver toda a diáspora e seus descendentes em condições satisfatórias…

    E assim a realidade suplanta-nos !!! Mas poderemos facilitar a vida a toda a Diáspora não lhes fechando as portas… e no minimo dos minimos  a  da nacionalidade…

                                            …Crioulos ou não !!!!

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Renato Matos - Vogal do CSM

Diário da República, 1.ª série — N.º 250 —

29 de Dezembro de 2009
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Resolução da Assembleia da República n.º 117/2009


Eleição para o Conselho Superior da Magistratura


A Assembleia da República resolve, nos termos da alínea
h) do artigo 163.º e do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição,
designar como vogais do Conselho Superior da
Magistratura os seguintes cidadãos:


Efectivos:
Florbela de Almeida Pires.
Anabela Maria Pinto de Miranda Rodrigues.
José Francisco de Faria Costa.
Eduardo Augusto Alves Vera -Cruz Pinto.
Rui Filipe Serra Serrão Patrício.
Manuel Artur Barbot Veiga de Faria.
Victor Manuel Pereira de Faria.

Suplentes:
Ilídio Renato Garrido Matos Pereira.
Pedro Miguel dos Santos Duro Lopes.
Maria Helena Terra de Oliveira.
Aprovada em 11 de Dezembro de 2009.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

Bem-vindo(a) ao Conselho Superior da Magistratura

terça-feira, janeiro 26, 2010

Materialidade e formalidade constitucional

 

clip_image002 clip_image003

SOBERANIA POPULAR versus NACIONAL

A monarquia tradicional assenta numa estrutura orgânica, uma ORDEM que lhe é imanente: a ordem, as hierarquias, a autoridade, a OBEDIÊNCIA, a família, O PAI, O ESTADO e o REI…

Claro que numa Monarquia Constitucional, não se pode dizer que o Soberano é o POVO…pois só na República é que pode o povo mandar…Por isso a Ideia de Estado aparece como tábua de salvação da ORDEM monárquica…Não sendo já o Rei o senhor absoluto, escuda-se a sua soberania nas instituições estaduais…E assim escudam-se os republicanos, numa monarquia constitucional, nos poderes que atribuem ao primeiro ministro e ao governo que pretendem sob o controle do parlamento….Daí o Parlamentarismo Constitucional Monárquico para tirar os poderes ao Monarca…ao Rei!!!

A futura constituição angolana. Tal como está redigida arrisca-se a não passar de uma Constituição Semântica ou seja como a define Canotilho “ uma formalização exterior da situação do poder político existente” ou seja, dos detentores de facto do poder..

E assim sendo, dizemos nós, sendo atípica, porque Angola não é uma monarquia constitucional, mas sim uma Republica – que quer dizer COISA PUBLICA – coisa do Povo - , a nova constituição, porque também é semântica esgota-se nos limites de qualquer auscultação popular ou golpe de estado…sendo ambos de cariz institucional, parlamentar, ou popular…

Explicitando: O Presidente da República pode ser “ in extremis” objecto de “ inpiechement”.Ou seja “expulso pelo povo democraticamente representado no parlamento” … Ou pelos parlamentares que tenham poder representativo suficiente par alterarem a constituição…Ou por eleições antecipadas, caso o parlamento se demita em bloco… é caso para dizer popularmente” rei morto rei posto….!!!” Porque a constituição material esvai-se nas constituições semânticas e o Estado extingue-se com o” golpe” seja ele “palaciano” seja “sanguinolento” ou “com o poder caído nas ruas”…

E tudo isto por uma simples razão:

É que estas constituições, mesmo as atípicas, são concebidas para monarquias, onde o poder ou pilar de uma Nação não é o seu Povo, mas o seu Rei e os seus sucessores nobiliárquicos, príncipes. Duques e demais Família Real… deposto um rei outro de igual linhagem sanguínea se lhe sucede…

Não pode ser o mesmo numa Republica…quer dizer…Pode mas não deve…é a voz da história que nos diz que não…!!! Será?

Renato Gomes Pereira

terça-feira, janeiro 19, 2010

sexta-feira, janeiro 01, 2010

NEGRITUDE

 

ANGOLANO (Albano Neves e Sousa)


Ser angolano é meu fado, é meu castigo
Branco eu sou e pois já não consigo
mudar jamais de cor ou condição...
Mas, será que tem cor o coração?
Ser africano não é questão de cor
é sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão nem mesmo de bandeiras
de língua, de costumes ou maneiras...
A questão é de dentro, é sentimento
e nas parecenças de outras terras
longe das disputas e das guerras
encontro na distância esquecimento!